Akemi. Habitante da vila
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| Assunto: [One-Shot] Lembranças quebradas Ter Abr 05, 2011 6:25 pm | |
| Titulo: Lembranças quebradas Classificação: +13 Sinopse: Eu não sabia o porque de tudo isso mas meu coração sangrava, quando ela se foi levou consigo minha alma ... Shipper: NaruHina Capa:- Spoiler:
Fanfic:- Spoiler:
Estava deitado sobre minha cama, tinha acabado de acordar e aquele sentimento já me invadia, coloquei uma de minhas mãos sobre o rosto tentando conter minhas lágrimas enquanto a outra aperta os lençóis do outro lado da cama - “como ela pode?” - era tudo que vinha a minha cabeça, enxuguei aquelas lágrimas involuntárias e lancei meu lençol para o lado, me coloquei de pé e fui em direção a um espelho que ficava no armário, usava apenas uma calça de moletom cinza com o peito desnudo, me encarei, cocei a cabeça bagunçando ainda mais meus cabelos loiros e passei a encarar meus olhos azuis, uma lembrança me veio a mente.
Flash Back on
Ela se arrumava em frente ao mesmo espelho, eu estava sentado na cama apenas a fitando e sorrindo, me levantei e a abracei por trás recostando meu queixo em seu ombro.
- Está radiante – disse sorrindo e a olhando através do espelho
- Só estou radiante porque você está aqui comigo – retrucou me olhando pelo reflexo.
Afastei um pouco seus cabelos negros e depositei um beijo em sua nuca ouvindo apenas seu suspiro, voltei a recosta minha cabeça em seu ombro, ainda a abraçando por trás.
- Te amo – ela me disse, era perfeito, aquilo invadia meus ouvidos e esquentava meu coração.
- Case-se comigo? – disse encarando-a sério, mas ao mesmo tempo radiante.
- N-Naruto-kun.. – ela estava com seus olhos perolados arregalados e brilhantes, cheios de lágrimas, lágrimas que teimaram em escorrer por sua face alva que estava corada no momento – e-eu a-aceito!
Ela aceitou! Eu só podia estar sonhando, abri um sorriso muito intenso e cheio de euforia, a virei pra mim, segurei seu rosto com minhas mãos.
- Eu te amo Hinata
E naquele momento selei nossos lábios, com um beijo intenso sedento de amor, desesperado, eufórico, o melhor de minha vida, ela seria minha para sempre, apenas minha, era tudo que eu queria, namorávamos a quatro anos, fazia um ano que ela veio morar comigo, eu queria dar tudo a ela, seu pai era contra nossa relação, ela abandonou tudo, família, luxo, honra, lar, seu sobrenome, tudo por mim, me deu seu corpo, alma, amor, seu coração, ela se deu inteira pra mim, e agora seria minha esposa, o mínimo que poderia fazer era retribui, e dar de volta tudo que ela perdeu, eu daria a ela uma família, luxo, honra, lar, um sobrenome, Uzumaki, daria meu amor, meu corpo, minha alma, meu coração, eu sou dela, eu pertencia a ela, assim como ela pertencia a mim, mas como pensei, não passará de um sonho, pois ela se foi.
Flash Back off
Após sua partida, uns três meses depois, estava desnorteado, cheguei a ir na residência dos Hyuugas, quando ia bater a porta pra clamar por Hinata a seu pai fui impedido, Neji Hyuuga primo de Hinata que era meu velho amigo não permitiu, ele era sábio, sabia que eu só iria piorar as coisas se fizesse isso, mas eu era apenas um tolo apaixonado e desesperado, naquele dia ele me levou pro bar e ficamos conversando, ele me disse algo que jamais vou esquecer.
- Naruto se ela foi embora é porque te ama
Meu coração sangrava cada vez mais, a cada dia que passa, estou preso num circulo vicioso, onde não há cura ou esperança, pelo menos era o eu pensava.
Fui em direção ao banheiro, joguei as poucas peças que usava em qualquer canto, entrei debaixo do chuveiro, meus olhos estavam fechados sentindo a água quente escorrer por todo meu corpo, mais um dia começa, resolvi termina logo esse banho, me enrolei em uma toalha e fui em direção ao armário, abri com a intensão de pegar uma calça jeans, uma camiseta branca e uma camisa quadriculada em laranja, mas tudo que enxergava era o lado vazio, com cabides sem roupas, a falta daqueles vestidos, me vesti rapidamente e fui para a cozinha. Após olhar totalmente sem animo e sem fome a geladeira, forcei pelo menos um suco, resolvi sair um pouco, mas poupei o meio ambiente do meu carro, quem sabe a pé minha mente se esvaia.
As ruas não estavam tão cheias, faltando um dia para o ano novo é difícil encontra muitas pessoas andando pelas calçadas de Konoha. Fui andando até parar ao lado de uma árvore, fiquei fitando o outro lado da rua, mais especificamente uma antiga igrejinha, olhava o padre dar a benção aos fieis ali presentes, em um súbito momento meu corpo começo a arde, como se uma coragem surgisse, um pingo de animo, poderia até dizer esperança, queimasse dentro de mim, me virei com a intenção de olhar o que havia atrás de mim, uma agência de viagens, então eu pensei - ‘Porque não?’- Entrei aquele local parando no centro enquanto observava os folhetos.
- Posso ajudar senhor? – uma voz feminina soou
- Quero que me arrume um pacote para o réveillon em Tókio, hospedagem no Cerulean Tower Tokyu Hotel - direto ao ponto, meu destino era certo
Após algum tempo ali resolvendo aqueles detalhes banais e pagamento, além de reservas no aeroporto percebi que já era tarde e eu não havia comido nada, e dessa vez eu sentia fome, uma insaciável fome. Chegando em casa fui para a cozinha preparar um lámen, era depressivo fazer este ritual que ficará marcado em minha mente, em cada canto, cada lugar, olhava para a cozinha e a via preparando o lámen do jeito que amava, olhava para a sala e escutava o som de sua risada, olhava para o banheiro e sentia o cheiro de seus cabelos molhados pelo banho, e o quarto eu podia sentir seu calor, ou a falta dele, ouvia seus gemidos de amor, clamando meu nome, me pedindo mais, dizendo que era minha e só minha. Talvez não fosse o melhor ter voltado para casa, talvez não fosse o melhor ter decidido voltar aquele lugar, mas era tarde, estava feito, iria até o fim, meu lámen estava pronto, sentei-me a mesa para aprecia-lo, era deprimente comer sozinho, muitas das vezes quem viera prepara-lo para mim numa tentativa de me fazer comer foi Sakura, vê-la ali com aquela barriga de seis meses cozinhando me trazia lembranças da qual não possuía, eu queria aquilo, não com Sakura, mas sim com a mulher que amo, o teme tem sorte, casou-se com a mulher amada, tinha um filho de três anos e agora Sakura esperava uma menina - “Quem sabe eu possa...” – parece loucura fica pensando nisso, então resolvi desviar este pensamento, porque diabos estava indo para aquele lugar? Lá onde tudo começou... onde a cinco anos atrás no réveillon de Tókio uma garota me chamou muito atenção, fazendo eu me aproximar, ficamos conversando muito tempo, na hora da virada nos beijamos, foi mágico, os fogos, os confetes, todos eufóricos, e nós se perdendo no sabor um do outro, ficamos juntos por mais três dias, até que tive que voltar a Konoha, tentei telefonar para ela, tentativas falhas, nunca mais á vi, dois meses depois estava em um bar em Konoha com meu colega de quarto da faculdade Neji Hyuuga e ela apareceu, era prima de Neji e eu nem ao menos sabia, ela me contou que na mesma noite em que parti roubaram seu celular por isso nunca atendeu minhas chamadas e nem ligou, pois o meu número estava junto, nessa noite ficamos amigos, amizade que durou dois meses até assumirmos namoro, era difícil para nós, pois sua família era contra, apenas Neji e sua irmã mais nova Hanabi nos ajudava, namoramos por três anos até que ela largou tudo e veio morar comigo, e ficamos assim juntos por um ano, até a seis meses atrás.
Flash Back on
Cheguei em casa do trabalho com um ramo de rosas brancas na mão, estava animado, nesta semana eu ia levar a Hinata para um cruzeiro surpresa, estava eufórico, a procurei pela casa toda até que ouvi um barulho no quarto, e lá estava ela, aos prantos arrumando uma mala.
-Hina-chan! Hina-chan! – neste momento entrei no quarto e meu sorriso morreu – Porque está chorando? Porque essa mala? Vamos a algum lugar hoje? Você não descobriu minha surpresa né? – tentava achar motivos para aquela cena, mas falhei.
- Não Naruto – ela segurava por um instante o choro – nós não vamos a lugar nenhum, eu vou! – terminou de fechar a mala
- Como assim? Pra onde você vai? – tentava me controla, mas estava me incomodando aquilo tudo
- Não sei ... – ela nem se atrevia a me encarar
- Pelo menos sabe quando volta? – eu temia essa resposta
- Eu não volto – nesse momento lágrimas rolaram pelo rosto de ambos, ela puxou a mala da cama e tentou sair passando por mim
- COMO ASSIM? NÃO!!! – segurei seu pulso a impedindo de continuar - Hina pára, como assim não volta? Está me deixando? Você não pode fazer isso comigo, com a gente, Hina me explica o que está havendo? – eu chorava desesperadamente a este momento
- E-eu... eu não posso Naruto – o que houve com o Naruto-kun? – é preciso, acabou, não posso mais com isso, entenda, sei que é difícil mas tem de ser assim, não podemos ficar juntos, Naruto não me obrigue a dizer coisas que não posso, seria difícil pra mim, apenas me deixe ir .. – ela chorava cada vez mais, nossas forças eram inexistentes naquele momento
- Como posso deixar a mulher que amo escapar pelos meus dedos? Como posso te deixar ir sabendo que seu lugar é aqui ao meu lado, comigo! Como posso deixar você ir sabendo que ninguém vai te amar como eu e que não amarás outro como a mim? – tentava encara-la, mas ela nem se quer me olhava – olhe para mim Hinata!
- N-Naruto... eu não te amo, acabou, deixe-me – ela soltou minha mão e saiu
Como não me amava? Ouvir aquilo foi um baque, estava estático, não conseguia me mover, ela se soltou e eu não pude fazer nada, não tinha forças, a vi saindo pela porta sem ao menos olhar para trás, as flores que trazia a este momento estavam no chão pisadas e molhadas por minhas lágrimas, ela se foi, acabou, foi uma mentira? Ou aquilo era uma mentira? Meu mundo tinha ruído, pensei em me matar, se não fosse por Sasuke talvez o fizesse, sem Hinata não tenho vida, sou apenas um homem sem alma.
Flash Back off
Foi difícil aquele dia, jamais me esqueceria daquelas palavras – ‘’eu não te amo’’ – mas queria me esquecer por um momento apenas, eu já me encontrava chegando ao Cerulean Tower Tokyu Hotel, a virada do ano seria hoje a meia-noite, não sei se devo sair do hotel, mais especificamente do meu quarto, este saguão, estas ruas, são muito intensas pra mim, quem sabe possa apenas ficar no quarto escuro, com as janelas fechadas, deitado na cama, fitando o teto na companhia de um bom uísque. E lá estava eu, deste jeito, no quarto escuro, deitado na cama fitando o teto, mas eu ainda precisava de um bom uísque, o serviço de quarto estava mais lerdo do que nunca, também faltava apenas meia hora para o ano novo chegar, resolvi descer e ver se encontrava uma garrafa, nada, não tinha nenhuma disponível, estavam todos enchendo a cara, não poderiam liberar uma garrafa do bar, provavelmente teria que esperar a minha no quarto, coisa que só haveria de aparecer após a virada, e eu não estava disposto a ficar sóbrio até lá, sai por aquelas ruas, esbarrava em todos, caminhei até encontra uma lojinha aberta, muitos compravam bebidas lá, entrei, peguei logo duas garrafas e fui para a fila pagar, após uns dez minutos na fila paguei as garrafas e sai de lá com uma delas na sacola e a outra sobre a mão já virando goles do gargalo mesmo, enquanto eu andava e bebia acabei por parar em um parque, estava lindo lá, crianças correndo com estrelinhas na mão, seus pais as vigiando, casais de namorados abraçados esperando a passagem de ano, deprimente, simplesmente deprimente, achei melhor voltar para o hotel, dei mais um gole, só que dessa vez demorei um pouco no gole, fazendo com que o álcool subisse a minha cabeça rapidamente, estava ficando tonto, olhei em volta antes de sair, mas algo me chamou atenção, uma garota de casaco branco e longos cabelos negros, tinha a cabeça baixa, ela estava sentada no mesmo banco onde conheci Hinata pela primeira vez, mas seria impossível, não resisti tive que me aproximar, eu chegava mais perto, estava atrás dela, era inconfundível, o jeito, o cheiro, ela imanava lírios do campo, pude ver uma lágrima escorrer de seu rosto.
- Hinata?
A chamei, não para ter certeza, quer dizer talvez fosse para ter certeza de era ela mesma, afinal estava meio alterado, mas no fundo eu sabia, sentia, era ela, meu coração queimava, ardia, meu corpo estremecia, meus olhos estavam marejados, ela se arrepiou ao ouvir minha voz, virou-se para trás, era ela, linda, perfeita, ela escondia o choro, seus olhos arregalados denunciavam que não espera me ver hoje, ali, naquele momento.
- N-Naruto-kun .... – como sentirá falta daquela voz suave me chamando daquele jeito – e-eu-u ... – ela se pôs a chorar cada vez mais, abraçou minha cintura ficando com a cabeça escondida em meu abdômen pelo fato de eu estar em pé e ela sentada – M-me perdoee – ela chorava cada vez mais.
- Hi-hinata ...
Meus olhos estavam arregalados, eu chorava aquele ponto, não sabia o que fazer, permanecia parado, seria aquilo um sonho? Ela estava mesmo ali, agarrada a mim, em lágrimas, pedindo perdão? Se era real ou não eu não queria saber, almejei aquele momento durante todo esse tempo que ficamos separados, era tudo que eu queria, soltei seus braços de mim, ela me olhou espantada, a levantei daquele banco e a encarei nos olhos, ela tremia, eu estava sério, deixei lágrimas escorrerem e a abracei como nunca tinha feito antes, afundei meu rosto em seus cabelos, queria eterniza aquele momento, eu ouvia seus soluços, sentia o batimento descompassado em seu peito, era como o meu, frenético e sem ritmo, sussurrei em seu ouvido.
- Porque me deixou?
- Apenas diga que me perdoa Naruto-kun – ela sussurrava de volta
- Eu te perdoo Hina-chan, sempre te perdoarei, eu só não entendo... – neste momento ela separou o abraço e me conduziu para que nos sentássemos no banco.
- Naruto-kun, soube que a um mês meu pai faleceu? – ela disse chorosa ainda
- Não soube, faz dois meses que nem falo com Neji, desde que ele assinou contrato com uma empresa aqui em Tókio não tenho noticias nenhuma, muito menos suas – ela segurava minhas mãos
- Naquele dia em que te .. – era difícil tanto pra ela quanto para eu tocar naquela assunto - em que te deixei, antes de você chegar meu pai foi me procurar..
- Seu pai esteve lá? – não estava gostando daquilo
- Calma Naruto-kun, apenas espere que eu termine, você entenderá tudo ...
- Hai
- Ele me fez uma proposta, meu pai sempre foi contra nosso relacionamento, por algum motivo ele te odiava..
- Não me achava capaz, bom pra você ...
- Sim.. ele queria que eu viesse tomar conta dos negócios dele aqui em Tókio, mas sabia que não aceitaria, então ele me chantageou ...
- Te chantageou Hinata? Porque não me contou, eu ficaria ao seu lado sempre, você sabe disso .. – estava inconformado
- Eu sei.. e foi por isso que não te contei, meu pai não é apenas um empresário rígido de uma família severa, meu pai pertencia a Yakuza Naruto-kun, ele disse que eu se eu não fosse embora para fazer o que ele mandou e te deixasse ali ele iria acabar com sua carreira, destruí seus sonhos para por fim mata-lo, jamais poderia permitir que isso acontece-se, não poderia ser eu a culpada pela morte da pessoa que mais amo nessa vida, e se fosse preciso mentir dizendo que não te amava eu faria, e fiz, Naruto se eu fui embora foi porque te amava, porque te amo, mas a um mês meu pai faleceu de tuberculose. – ela estava chorando mas ao mesmo tempo aliviada por me confessar tudo
- Yakuza? Hinata eu estava morto, no momento que você saiu por aquela porta levou consigo meu coração e minha alma, eu passei todos os dias chorando feito um louco toda vez que me deitava e sentia seu lado da cama frio e vazio, sem você eu não sou nada.. quando disse que não me amava foi como se cravassem uma adaga em meu peito e deixassem a ferida aberta, eu não entendia , eu só sabia que precisava de ti, Neji me disse que se você foi embora foi porque me amava, agora eu entendo essas palavras, Hinata eu nunca deixei de te amar ou ter esperanças de que um dia te encontraria mesmo que fosse de longe, eu preferiria que você não tivesse passado por isso sozinha..
- Eu pensei em te procurar logo depois que meu pai faleceu, mas não sabia como, eu não tinha forças, me sentia imunda, como se tivesse sido suja e não tinha o direito de aparecer e dizer o que fosse, que menti, que fiz isso por amor, você devia ter seguido sua vida se mim ...
- Minha vida é você, e nada mais! – seus olhos brilhavam, assim como os meus, ela estava ali, comigo, entregue – Hinata eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar!
- Eu também te amo Naruto-kun – as lágrimas teimaram em cair novamente
Dessa vez eu as sequei com a palma da minha mão, acariciava seu rosto, não resisti, eu ansiava por isso todos os dias, me aproximei, acabando com a distancia entre nós até que a beijei, um beijo sereno que se torno profundo, ali naquele banco onde a vi pela primeira vez eu a reencontrei, ali onde a beijei pela primeira vez ao passar o ano eu selei nossos lábios novamente, e ao fazer isso ouvia-se os fogos e as felicitações, o ano havia se passado, era nosso momento, nosso lugar, um amor que por algum tempo foi privado de nós mesmos, mas agora ninguém podia separar.
- Hinata?
- Sim..
- Ainda quer se casar comigo? – nossos olhos brilhavam
- É o que eu mais quero nessa vida ...
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